Monte Sainte-Victoire é uma das mais importantes obras do artista francês Paul Cézanne. Sua pintura influenciou vários artistas do século XX, como Pablo Picasso por exemplo. Ao pintar inúmeras paisagens, Cézanne percebeu que essas formas naturais poderiam se resumir a apenas três formas básicas: o cone, o cubo e o cilindro. Paul Cézanne é o precursor do cubismo.
Os laços emotivos do artista com esta paisagem deram novo significado à representação dos objetos. Sua visão da coisa imaginada é recriada na representação luminosa e transparente.
Em seu último período, Paul Cézanne às vezes deixava vazios brancos em suas telas. Esses vãos não indicam falta de acabamento, são áreas de transição em que duas cores que não podem ser justapostas apenas se contrapõem para fundir-se opticamente.
O pico do Monte Sainte-Victoire perto de Aix atraiu Cézanne toda sua vida. Ele identificou-se com ele como os antigos com uma montanha santa em que eles estabeleceram a morada ou lugar de nascimento de um deus. Somente para Cézanne era um deus interior que ele revelava neste pico da montanha – sua luta, exaltação e desejo de repouso.
Nesta obra, a montanha é diminuída pelas árvores do primeiro plano e pela grande extensão do vale à direita. A montanha estável é enquadrada pelo coração atormentado de Cézanne, e o pico em si, por mais sereno, é atravessado por formas inquietas, como os ramos balançando no céu.
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