A Catedral – Auguste Rodin

A Catedral - Auguste Rodin
A Catedral. Auguste Rodin. 1908

A Catedral ou Mãos da Catedral é uma escultura do escultor francês Auguste Rodin produzida em 1908.

No início do século XX, por volta de 1907, o artista esculpiu uma pequena obra – com apenas sessenta e cinco centímetros de altura e trinta centímetros de largura – que se afastou das grandes produções que ele usualmente produzia . São duas mãos, ambas à direita, que se erguem e tentam se fundir em uma.

Observando a escultura, percebemos um vazio que é criado entre as mãos. Na verdade o artista passa a contar com o espaço oco como mais um elemento do trabalho em si. De fato, se a obra recebe o nome de Catedral, é porque o espaço vazio gerado entre as duas mãos se assemelha à estrutura interna de uma catedral gótica, na qual as seções direita e esquerda convergem na chave da abóbada.

Auguste Rodin tinha a habilidade de explorar temas espirituais profundos através de formas ostensivamente simples;  neste caso, um par de duas mãos entrelaçadas.

Em  A Catedral podemos observar o espaço sagrado em que exploramos na vida, na morte e na espiritualidade com uma ênfase refrescante em nossa humanidade.

Tradicionalmente, a palavra “catedral” evoca um santuário religioso para pensamentos sobre a preciosidade da vida e da morte em relação a uma fé específica. Mas a de Rodin, sugere uma nova ideia, que talvez em nossa exploração da vida e da morte, precisemos apenas olhar para dentro de nós mesmos, dentro do santuário de nossas mentes e da catedral que representa o corpo humano.

Ao contrário de muitos de seus contemporâneos impressionistas e  pós-impressionistas, Auguste Rodin tornou-se uma autoridade respeitada no mundo da arte durante sua própria vida – sem mencionar a celebridade para o público em geral. Rodin esculpia peças que homenageavam figuras da literatura contemporânea, mitos clássicos e autores como por exemplo, Honoré de Balzac, Victor Hugo e Dante Alighieri. Ele interpretou grandes episódios bíblicos e mostrou momentos cotidianos mais íntimos nas esculturas de seu amor proibido, Camille Claudel.

A primeira peça foi esculpida em mármore e posteriormente algumas em bronze como mostra a figura abaixo:

“Acredito que a Arte está em tudo no que nos rodeia, basta um olhar sensível para apreciar e usufruir das diferentes manifestações artísticas. A Arte é a grande e bela ilustração da vida.”

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