Maurits Cornelis Escher foi um dos mais importantes ilustradores do século XX, cujos trabalhos inovadores exploraram padrões de percepção, espaço e transformação. Conhecido por suas impressões realistas detalhadas que atingem efeitos ópticos e conceituais bizarros, é dono de um estilo único. Ele não se enquadrou em nenhum movimento artístico, embora alguns críticos relacionem a sua obra ao surrealismo.
Biografia
Maurits Cornelis Escher nasceu no dia 17 de junho de 1898, em Leeuwarden, Holanda. Era filho de Sarah e George Escher, sendo o mais novo dos cinco irmãos.
Legado
Além se tornar um artista internacional louvado com muitas exposições, Escher foi apoiado por matemáticos e cientistas, enquanto muitos de seus trabalhos precisamente pesquisados incorporam conceitos em torno de geometria, lógica, espaço e infinito. Deixou um legado de mais de 2.000 obras. Seu trabalho continua a ser exibido e prestigiado. Muitos estudiosos continuam a explorar as implicações matemáticas de sua arte única e peculiar.
Escher e sua obra – Arte comentada
A estética reproduzida nas obras de Escher é impecável e desenvolvida, sobretudo, por meio de três técnicas peculiares: xilografia, litografia e meio-tom. Obtidas por matrizes que servem como uma espécie de carimbo para papéis e tecidos especiais, as xilo e litogravuras constituem a maior parte de seu acervo artístico.
Embora tenha sido pouco utilizado por Escher, o método do meio-tom despertou o seu fascínio. Consiste na obtenção de pontos de diferentes tamanhos para que seja criada a ilusão de tons intermediários, possibilitando o degradé nas imagens. A matriz é geralmente feita em placas de cobre áspero, nas quais o artista utiliza-se de instrumentos de metal para polir da forma desejada. As partes ásperas não polidas são impressas em preto, enquanto as lisas são impressas em branco, o meio termo entre eles possibilita o tom intermediário (cinza). O artista pouco investiu nesta empreitada porque, segundo ele, a técnica requer grande esforço e disponibilidade de tempo e, novamente de acordo com o próprio, ele era um homem sem tempo a perder.
A litografia, técnica muito utilizada por ele, é um método de impressão no qual a imagem que se deseja obter é desenhada com materiais gordurosos (lápis, bastão, pasta, entre outros) sobre uma base de calcário especial (conhecida como “pedra litográfica”). Posteriormente, a pedra é submetida ao processo de entintagem, no qual soluções químicas e água fixam as áreas oleosas do desenho sobre a superfície e, por fim, a gravura é obtida por meio de uma prensa litográfica que desliza sobre o papel ou tecido.
Sua arte revolucionou a noção clássica de perspectiva, criando efeitos atípicos, figuras e combinações impossíveis de existir em um espaço real. Escher não se preocupava em esboçar a realidade, para ele, o interessante da obra era justamente a ilusão, a possibilidade de representar efeitos fora do comum em uma simples folha bidimensional.
Dia e Noite – Campos cinzentos retangulares evoluem para cima, em silhuetas de aves brancas e pretas em um ciclo sem fim. Essa é uma reflexão utilizada por Escher nessa xilogravura pertencente à série Metamorfose
Bird Fish – A partir de 1938, Escher criou uma série de xilogravuras com o mesmo tema, onde peixes e pássaros encaixavam-se uns nos outros como em peças de um quebra-cabeça.
Lagartos n° 56 (Lizards) – Escher era mestre em transformar mosaicos poligonais em obras de arte não poligonais. Antes de mover qualquer um dos controles deslizantes. Como um lagarto pode ser movido para a posição de um vizinho? De que forma é formada a peça?
Three Worlds (Três Mundos) – É uma das obras de arte mais populares de Escher porque fornece uma visão profunda de mundos diferentes. A impressão mostra essencialmente uma piscina ou lago, onde é possível ver várias folhas flutuando na superfície da água. Pode-se também ver várias árvores refletidas na água, que é um dos mundos, bem como o ‘segundo mundo’, onde se pode ver o que se encontra acima da superfície. O “terceiro mundo” é a vida debaixo d’água, onde temos em primeiro plano, um grande peixe.
Limite Circular IV – As figuras reduzem-se de dentro para fora. As seis maiores, três anjos brancos e três demônios pretos, estão ordenadas radialmente em volta do centro. O círculo está dividido em seis setores onde dominam os anjos, frente a um fundo preto e os demônios, frente a um branco. O céu e o inferno aparecem alternadamente seis vezes.
Pode-se associar esta e muitos trabalhos de Escher acerca da divisão do plano regular à teoria dos fractais, segundo a qual um deles é objeto geométrico que pode ser multiplicado infinitamente em partes menores, cada uma delas semelhante ao objeto original.
GALERIA DE ALGUMAS OBRAS
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