Oscar Niemeyer: Biografia e obras
Oscar Niemeyer foi um renomado arquiteto brasileiro nascido em 1907 no Rio de Janeiro e falecido em 2012. Ele é conhecido por suas contribuições inovadoras para a arquitetura moderna, sendo um dos principais expoentes do movimento modernista brasileiro. Niemeyer é famoso por suas obras que apresentam formas curvas e orgânicas, em contraste com a rigidez e geometria tradicionais da arquitetura. Alguns de seus projetos mais famosos incluem o conjunto arquitetônico da Pampulha em Belo Horizonte, o edifício Copan em São Paulo, e a cidade de Brasília, que foi projetada por ele e é considerada Patrimônio Mundial da UNESCO. Niemeyer recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua carreira e é lembrado como um dos arquitetos mais influentes do século XX.
Oscar Niemeyer é reconhecidamente o mais famoso arquiteto brasileiro e um dos mais importantes e aclamados mundialmente. Foi um dos primeiros expoentes da arquitetura moderna na América Latina , particularmente conhecido por seu projeto na construção da nova capital do Brasil, Brasília.
TRAJETÓRIA COMO ARQUITETO
Oscar Niemeyer Soares Filho nasceu no dia 15 de dezembro de 1907, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Ele herdou o sobrenome alemão de sua avó com raízes em Hanover, Alemanha.
Niemeyer se formou em arquitetura, em 1934 na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. No mesmo ano, ele conheceu Lúcio Costa, um dos líderes do movimento modernista na arquitetura brasileira. Eles trabalharam juntos de 1937 a 1943 no projeto do prédio do Ministério da Educação e Saúde, considerado por muitos a primeira obra-prima da arquitetura moderna no Brasil.
Durante a década de 1940 que Niemeyer começou a trabalhar sozinho. Seu primeiro projeto solo, foi o plano de um complexo dentro da Pampulha, em Belo Horizonte, que foi encomendado por Juscelino Kubitschek em 1941, na época prefeito dessa cidade. O esquema incluía uma igreja, cassino, salão de dança, restaurante, iate clube, clube de golfe e retiro de fim de semana do prefeito, tudo situado em torno de um lago artificial. Os edifícios do complexo são notáveis por suas formas de fluxo livre.
Em 1947 Niemeyer representou o Brasil no planejamento das obras das Nações Unidas na cidade de Nova York nos Estados Unidos. Durante esse período, ele ganhou reconhecimento internacional trabalhando em colaboração com Le Corbusier para projetar a Sede das Nações Unidas em Nova York. Esse sucesso valeu a nomeação como reitor da Escola de Graduação em Design da Universidade de Harvard, mas ele não conseguiu o cargo depois de ser rejeitado pela cidadania americana por motivos políticos.
Em 1956 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente do Brasil, logo pediu a Niemeyer que projetasse a nova capital do país, Brasília. Niemeyer concordou em projetar os prédios do governo, mas sugeriu um concurso nacional para o plano diretor, concurso posteriormente ganho por seu mentor, Lúcio Costa. Durante toda a construção da nova capital, Niemeyer foi arquiteto chefe da NOVA-CAP, órgão governamental de Brasília. Entre os prédios de Brasília projetados por Niemeyer estão o Palácio do Presidente da República, o Brasília Palace Hotel, o Prédio do Ministério da Justiça, a Capela Presidencial e a Catedral de Brasília.
Na década de 1960, Niemeyer voltou a trabalhar em seu escritório particular no Rio de Janeiro. A posição esquerdista de Niemeyer que era um estalinista convicto, custou-lhe muito durante a ditadura militar. Seu escritório foi saqueado, a sede da revista que ele coordenava foi destruída, seus projetos misteriosamente começaram a ser recusados e clientes desapareceram. Em 1965, duzentos professores, Niemeyer entre eles, pediram a renúncia da Universidade de Brasília, em protesto contra o tratamento dado às universidades pelo governo. No mesmo ano, ele viajou para a França para uma exposição no Museu do Louvre e por algum tempo morou em Paris e Israel.
Em 1966, projetou uma área urbana em Grasse, perto de Nice, na França, e também um prédio para o Partido Comunista Francês em Paris. A partir de 1968, de volta para o Brasil, passou a lecionar na Universidade do Rio de Janeiro. Outros projetos arquitetônicos desse período, incluem o prédio do Ministério da Defesa em Brasília e a Universidade Constantine, conhecida atualmente como Universidade Mentouri em Constantine, na Argélia.
Em meados da década de 1980, Niemeyer começou a repensar e reformular alguns de seus projetos anteriores em Brasília. Ele mudou a forma dos arcos externos do prédio do Ministério da Justiça e substituiu as janelas da catedral por painéis de vitrais. Em 1988 recebeu o prêmio Pritzker Architecture Prize. Em 1987, projeta o Memorial da América Latina em São Paulo, um centro cultural que compõe vários edifícios (Salão de Atos, Biblioteca Latino-Americana, Galeria, Pavilhão da Criatividade, Anexo dos Congressistas, Auditório Simón Bolivar e uma Passarela com 25.210 metros de extensão) com uma escultura também de Oscar Niemeyer. Em 1989 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes.
Durante a década de 1990, ele continuou a projetar novos edifícios, incluindo o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, que foi inaugurado em 1996.
A Fundação Oscar Niemeyer foi criada em 1988 na cidade de Niterói, para preservação e pesquisa arquitetônica, com uma nova sede projetada por ele no Rio de Janeiro.
Em 2004 recebeu o prêmio de arquitetura pela Praemium Imperiale da Japan Art Association. Esse é um prêmio internacional de artes concedido anualmente desde 1989 pela Japan Art Association em Tóquio. O prêmio é concedido para os cinco modalidades artísticas: arquitetura, música, pintura, escultura e teatro ou cinema. É considerada uma das maiores homenagens entre os prêmios nas artes.
Mesmo após comemorar seus 100 anos e apesar das críticas de que seu trabalho mais recente carecia da elegância de seus projetos anteriores, em 2007 ele começou a desenhar um Centro Cultural em Aviles, na Espanha. O prédio foi inaugurado em 2011.
Niemeyer estando com seus 103 anos de idade, visitava seu escritório no Rio de Janeiro diariamente para cuidar do processo de design e dos projetos em desenvolvimento. Ele sempre recebeu jovens arquitetos de coração aberto durante seus dias de aposentadoria e nunca parou de trabalhar em sua prancheta.
Oscar Niemeyer: VIDA PESSOAL
Em 1928, Niemeyer se casou com Annita Baldo e teve uma única filha que foi batizada como Anna Maria Niemeyer, que para compensar lhe deu cinco netos. Sua esposa faleceu em 2005 e no ano seguinte, viúvo casou com Vera Lúcia Cabreira. Em 2012 faleceu sua filha aos 82 anos.
MORTE E LEGADO
Oscar Niemeyer faleceu em 5 de dezembro de 2012 no Rio de Janeiro. Na época de sua morte, ele tinha 104 anos. O funeral ocorreu no mesmo palácio presidencial que ele projetou quase cinquenta anos antes de sua morte em Brasília.
O amor de Niemeyer pelas curvas e linhas naturais existem em todos os seus projetos, que sem dúvida são obras de tirar o fôlego. Os 104 anos de Niemeyer na terra foram incrivelmente produtivos no mundo da arquitetura e do espaço público. ‘Oscar’, como era carinhosamente conhecido por todos no Rio de Janeiro, construiu um legado que atinge todos os cantos do Brasil.
“Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito.” (Oscar Niemeyer)
Oscar Niemeyer: GALERIA DE ALGUMAS OBRAS
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