Impressão, Sol Nascente é uma importante pintura de Claude Monet que deu origem ao movimento impressionista.
Certamente, porém, foram os comentários depreciativos do crítico de arte Louis Leroy sobre a obra e seu título, em uma crítica satírica da Primeira Exposição Impressionista que aconteceu em 1874, que deram origem ao termo “Impressionismo“. Escreveu: “Se quiséssemos caracterizar numa palavra as suas intenções era preciso criar a nova noção de impressionistas! Eles são impressionistas dado que não reproduzem uma paisagem, mas a impressão que ela transmite”. A crítica de Leroy usou o termo como um insulto cômico, mas a nova escola de pintores rapidamente o adotou com um espírito de orgulho e desafio.
Claude Monet nasceu em uma família de comerciantes de classe média em Paris. Seus pais eram trabalhadores e financeiramente seguros, mas de modo algum ricos ou aristocráticos, e ao longo de sua carreira, Monet lutou para sobreviver como pintor. Quando ele era muito jovem, sua família se mudou de Paris para Le Havre, e embora ele tenha retornado a Paris no início dos anos de 1860 para treinar como artista, foi durante uma visita à sua família em Le Havre em 1872 que ele realizou esta pintura e outras obras semelhantes.
O que chama a atenção em Impressão, Sol Nascente, é a continuidade da paleta de cores entre mar, terra e céu. Todos são banhados pelos suaves azuis, laranjas e verdes do nascer do sol. O tema da pintura não é a cidade que retrata nem os barqueiros anônimos que atravessam a água, mas o calor envolvente e a cor da própria luz do sol, ou melhor, a “impressão” que causa nos sentidos em um determinado momento. Esta pintura de luz e os efeitos de luz específicos do tempo foram a marca registrada do novo estilo.
Este quadro traduz, em cores transparentes e traços finos, a atmosfera da aurora no porto de Le Havre; a luz alaranjada do sol exprime-se ali em alguns traços ousados de matizes acinzentados. Embora os mastros e chaminés desapareçam na bruma, formam, apesar de tudo, uma armadura gráfica, uma composição em verticais e diagonais que estrutura a tela e a dinamiza.
Por Roseli Paulino – @arteeartistas
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