Insula Dulcamara (Democrart) – Paul Klee
Insula Dulcamara (Democrart) de Paul Klee é uma obra intrigante que transporta o espectador para um mundo imaginário cheio de simbolismo e abstração. Neste texto, exploraremos os detalhes desta fascinante pintura, revelando as complexas camadas de significado que Klee infunde em sua arte. Acompanhe-nos enquanto desvendamos a “Insula Dulcamara” e mergulhamos no universo único e visionário deste mestre do modernismo, onde cada linha e cor conta uma história profunda e enigmática.
Insula Dulcamara é uma obra do artista suíço Paul Klee, e uma de suas maiores pinturas, tanto que seu autor a considerou como sendo um painel .
O título tem seu significado em latim Insula (ilha) e Dulcamara, deriva de duas palavras, dulcis (doce, amável) e amarus (amargo). Trata-se portanto, de uma ambiguidade, podendo ser uma Ilha doce e amarga.
Em 1938, Klee pintou sete grandes painéis em formato horizontal, entre eles, destacamos A Insula Dulcamara.
Esses painéis foram esboçados com carvão sobre papel de jornal, que Klee colou sobre estopa ou linho, obtendo assim uma superfície ao mesmo tempo suave e diferenciada. Paul Klee desfrutou muito desses efeitos se surpreendendo com o resultado das obras.
Para essa série, também utilizou materiais incomuns, como papel de embrulho e estopa, cores de pasta e revestimentos de gesso. Da mesma forma, a partir de 1937, ele empregou traços de barra de espessura variável para sua linguagem de sinais.
A Insula Dulcamara é um trabalho alegre, com seus acessórios esparsos em um fundo colorido. O artista rejeitou a sugestão de que essa pintura fosse chamada de Ilha do Calypso como sendo direta demais, mas seu desenho se encaixa nessa ideia. Os contornos negros são litorais, a cabeça é um ídolo, os outros traços curvos apontam para algum entrelaçamento trágico. No horizonte, um navio a vapor está navegando; isso não afeta a mitologia envolvida no tema, mais do que os signos celestes são contraditórios – um deles representa o nascer, o outro, a lua que se põe. As cores são primaveris – um verde de maio, um rosa florido e um azul celeste.Esta é a primavera em um dos Cylades, que Ulysses passou a caminho de Ítaca. A Era Homérica ainda não terminou, mas a nossa própria há muito já começou e o futuro com ela. Transparência de tempo e transparência do espaço, para onde este último começaria ou pararia, onde estaria a diferença entre o mar e a terra? Para tanto, Klee entrou no multidimensional sem estar ciente disso, embora em sua juventude ele tenha pensado nesse estado como seu objetivo supremo.
Sobre essa obra, escreveu em uma carta:
“Não devemos recear ver-nos envolvidos no meio de elementos mais indigestos. Temos apenas que esperar que as coisas mais difíceis de assimilar não venham perturbar o equilíbrio. Desta maneira, a vida é, com certeza, mais apaixonante que uma vida burguesa muito ordenada. E cada um é livre, de acordo com seus gestos, ao escolher entre o doce e o salgado dos dois pratos da balança. […] Com prudência e sabedoria ninguém cometerá grandes erros!” – Paul Klee
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