Tiradentes Esquartejado, pintura de Pedro Américo
A pintura Tiradentes Esquartejado, é uma obra do pintor brasileiro Pedro Américo, que foi concluída em 1893. A mesma retrata o momento em que Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, é esquartejado após ter sido condenado à morte por enforcamento e esquartejamento por sua participação na Inconfidência Mineira.
A pintura que retrata seu triste destino, faz uma analogia com a morte de Cristo na cruz, isso é possível pois notamos a presença de um crucifixo ao lado de sua cabeça decepada, remetendo aos valores religiosos que Tiradentes pudesse ter possuído em vida.
A obra de Pedro Américo é considerada uma das mais importantes da arte brasileira do século XIX, não só pela técnica apurada do pintor, mas também pelo seu significado histórico e político. Através dela, o artista critica a brutalidade e a injustiça da execução de Tiradentes e chama a atenção para a luta pela independência e liberdade do Brasil.
Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) tornou-se com o ocorrido, símbolo da República e, a partir de 1890, a data de 21 de abril foi declarada feriado nacional, escolhida por ocasião de sua morte no ano de 1792.
A pintura encontra-se atualmente no Museu Mariano Procópio, na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais (Brasil). A tela de grandes dimensões, faz o personagem parecer do tamanho natural, provocando assim forte impacto visual no espectador o que proporciona a ele, ser testemunha da tragédia.
Em 1893, Pedro Américo residia em Florença, na Itália, e após realizar a pintura em apenas doze dias, ela foi exposta em Florença. Inicialmente o artista denominou a obra de Tiradentes Supliciado, mas o nome não foi bem aceito, logo ficou conhecida como Tiradentes Esquartejado.
1892 foi o ano do centenário da morte de Tiradentes. Para marcar a data, Pedro Américo idealizou a pintura um ano antes de ser realizada. Na época, o artista pensou em uma série de pinturas sobre o tema de inconfidência, esperava ver seus quadros incorporados à Galeria Nacional . O quadro deveria integrar a um conjunto de cinco telas, sendo a de Tiradentes Esquartejado, a última pintura da série, porém foi a única a ser realizada.
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