Autorretratos – Paul Cézanne
Convido você a mergulhar nos autorretratos de Paul Cézanne, um dos artistas mais importantes da história da arte. Os autorretratos de Cézanne são fascinantes não apenas pela técnica excepcional do artista, mas também pela maneira como ele explorou a autorepresentação ao longo de sua carreira. Ao estudar os autorretratos de Cézanne, você será levado a uma jornada pela mente e pela alma do artista, descobrindo suas inseguranças, seus questionamentos e sua busca incessante pela perfeição artística.
Os movimentos modernistas devem muito ao pós-impressionismo, principalmente pela obra de Paul Cézanne, pintor considerado o precursor do cubismo de Pablo Picasso. Era obstinado em criar uma arte com vida própria, “concretizar” suas impressões pessoais e “realizar o motivo” , criando um estilo completamente diferente de seus contemporâneos impressionistas, Monet e Renoir por exemplo.
A disciplina de silêncio e isolamento praticada por Cézanne evidencia-se em todos os autorretratos. Este, revela extraordinária energia e nítida tendência à abstração e simplificação. As cores são intensas, as linhas do rosto praticamente retas se harmonizam com o fundo. Em quase todos os seus autorretratos, a figura parece estar impaciente, com um rosto firme, desconfiado e uma expressão de pasmo.
Seus autorretratos denotam o passar dos anos da vida do artista, onde aparece ora de barba cerrada e olhos brilhantes, ora com a barbicha grisalha e olhar perdido. É como se expressassem o efeito físico e psíquico de sua luta em reproduzir com exatidão sua visão do mundo. “Está tudo aqui”, disse certa vez, batendo nas têmporas. E pela mudança em sua aparência, dá para perceber que achava a pintura uma companheira muito difícil. Em um dos seus autorretratos, por exemplo, Cézanne aparece fazendo o que mais gostava: pintar. Mesmo neles, o artista deixa transparecer a mudança dos seus conceitos sobre arte.
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