Berthe Morisot: Biografia e Obra
Berthe Morisot foi uma pintora impressionista francesa nascida em 1841. Ela foi uma das poucas mulheres artistas do movimento impressionista e desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da arte moderna. Morisot era conhecida por suas pinturas de cenas do cotidiano, especialmente retratos de mulheres e crianças, que capturavam a vida urbana parisiense com uma sensibilidade única. Sua técnica leve e solta e seu uso habilidoso da cor a tornaram uma figura influente no mundo da arte. Morisot também era próxima de outros artistas impressionistas, como Édouard Manet, que era cunhado dela. Berthe Morisot faleceu em 1895, deixando para trás um legado artístico significativo que continua a ser admirado e estudado até hoje.
Berthe Morisot foi uma importante pintora pertencente ao impressionismo francês, assim como Monet e Renoir, foi uma das pioneiras a realizar suas pinturas ao ar livre.
Berthe Morisot: BIOGRAFIA
Berthe Morisot nasceu Berthe Marie Pauline Morisot em 14 de janeiro de 1841 na cidade de Bourges, França. Era filha de uma família burguesa de classe alta. O pai Edmé Tiburce Morisot era um arquiteto e administrador da região de Cher. A mãe Marie-Joséphine-Cornélie Thomas, era sobrinha-neta de Jean-Honoré Fragonard, um famoso pintor do estilo Rococó.
Em 1852 sua família mudou-se para Paris estando Berthe com 11 anos. Dada a categoria social de sua família, sua mãe deu a ela e a sua irmã Edma, a educação que foi considerada própria para uma mulher da época, ou seja, elas aprenderam música e pintura. As duas sempre se interessaram por arte. Frequentavam a princípio o Museu do Louvre, onde desenhavam por observação as obras, quando em um dia nesse museu, Berthe conheceu Henri Fantin-Latour. Imediatamente ele percebeu seu talento e a incentivou em aperfeiçoar seus estudos para pintura.
Em 1861, ela foi apresentada a Jean-Baptiste-Camille Corot, um pintor realista que a incentivou em pintar composições naturalistas ao ar livre.
Em 1868, enquanto a artista realizava seus trabalhos como copista novamente no Louvre, conheceu Édouard Manet, ficaram amigos. A correspondência entre eles passou a ser frequente, mas Berthe estava aborrecida com as críticas que Manet fazia de suas pinturas.
Apesar de Manet ser considerado o mestre e Berthe uma aprendiz, já havia evidências de que a admiração era recíproca. Registros mostram a apreciação de Manet por seu estilo original e pelas decisões tomadas na composição dos quadros, algumas que ele mesmo adotou em suas obras. Foi Berthe que sugeriu a Manet, pintar ao ar livre, algo que ela já vinha praticando. Foi ela também quem o introduziu ao grupo de pintores que viria a ser conhecido futuramente como os impressionistas.
Berthe Morisot manteve relações intelectuais e de amizade não só com Édouard Manet, mas também com Edgar Degas, graças a isso, ela desenvolveu sua capacidade de mover suas impressões pictóricas da vida real para a tela, preparando seu papel futuro no movimento impressionista. Pouco a pouco, seu tema focado em mulheres e crianças, representadas ao ar livre e em interiores domésticos, passaram a ser mais representados por ela. Não há dúvida de que seu papel como pintora feminina foi apoiado e apreciado por sua escolha de temas que foram freqüentemente associados à maternidade e a sensibilidade feminina.
De 1864 a 1873, Berthe Morisot participou de uma exposição, onde apresentou uma série de paisagens serenas que inicialmente lembravam o estilo de Corot.
Em 1874, Morisot participou da primeira exposição Impressionista com nove obras, entre as quais o The Game of Hide and Seek (O jogo de esconde-esconde) . Desse ano até 1886, suas pinturas apareceram em todas as exposições impressionistas, exceto uma.
Em 22 de dezembro de 1874, Morisot casou-se com Eugène Manet, irmão de Édouard e em 1879 ela daria à luz à única filha do casal, Julie, que foi musa frequente nos quadros da mãe e de outros artistas impressionistas, como Auguste Renoir.
Em 1881 a 1882, a pintora e sua família passaram o inverno no sul da França, no Mediterrâneo. A pintura abaixo, retrata um grupo de barcos ancorados no porto de mesmo nome. Ela usa uma paleta extremamente brilhante, onde podemos comparar com outras obras impressionistas com o mesmo tema, incluindo a obra fundamental do movimento “Impressão: Sol Nascente” de Claude Monet (1872), que também tem uma cena de porto como tema, se preocupando com os efeitos da luz natural quando incide sobre a superfície dos barcos e sobre a água.
Eugène Manet faleceu em 1892 e Berthe Morisot no dia no dia 02 de março de 1895 na cidade de Paris com 54 anos, devido à uma pneumonia adquirida quando cuidava de Julie, que também esteve com a mesma doença.
Berthe Morisot produziu cerca de 800 pinturas. Apesar de ter sido uma artista de trabalho admirável, o machismo da época inscreveu em seu atestado de óbito: “sem ocupação” e em seu jazigo a inscrição “Berthe Morisot viúva de Eugène Manet”. Nunca deixou de pintar, ao contrário de sua irmã também talentosa, Edma, que abandonou a pintura depois que se casou em 1869. Naquela sociedade dominada pelo sexo masculino, era muito difícil para as mulheres acharem um equilíbrio entre a vontade de aprender, a segurança em si próprias como artistas e a manutenção do matrimônio.
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