Biografia de Georgina de Albuquerque

Georgina de Albuquerque foi uma pintora e professora brasileira. De estilo impressionista,  era conhecida por seu interesse em assuntos femininos, se destacando também na pintura histórica e paisagismo.

BIOGRAFIA 

Retrato de Georgina de Albuquerque por Lucílio de Albuquerque. 1907

Georgina de Moura Andrade nasceu no dia 04 de fevereiro de 1885 na cidade de Taubaté, São Paulo. Em 1900, iniciou seus estudos de pintura quando tinha quinze anos de idade, tendo aulas  em sua própria casa com o pintor italiano Rosalbino Santoro, que lhe ensinou os princípios básicos de pintura, como técnicas de mistura de tintas , bem como também as leis da perspectiva.

Em 1904, mudou-se para o Rio de Janeiro,  onde se matriculou na Escola Nacional de Belas Artes. Foi nesse período que ela conheceu o seu futuro marido, Lucílio de Albuquerque, o viu pela primeira vez enquanto estudava na Escola de Belas Artes. Ambos tiveram aulas com o mesmo professor, Henrique Bernardelli,assim eles se aproximaram cada vez mais. O que antes era um vínculo artístico logo se tornou uma amizade sincera, que depois se transformou em amor e em 1906 em casamento.

No mesmo ano, o casal mudou-se para Paris quando Lucílio obteve o “Prêmio de Viagem” da ENBA, o casal mudou-se para a França e lá permaneceu pelos próximos cinco anos. Em Paris, Georgina foi a primeira brasileira a ingressar na Escola Nacional Superior de Belas Artes (École Nationale Supérieure des Beaux-Arts),  onde foi aprendiz de Paul Gervais e Adolphe Déchenaud. Ela também estudou, como muitos brasileiros, na Académie Julian, onde trabalhou com Henri Royer.

Em 1911,  Georgina voltou ao Brasil e expôs em São Paulo. A partir de então passou a participar regularmente de exposições.

Em 1927, tornou-se professora da Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde lecionou desenho artístico até 1948.  .

Lucílio de Albuquerque

Em 1935, passou a ministrar o curso de artes decorativas no Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal.

Georgina e Lucílio tiveram dois filhos,  Dante e Flamingo.

Após a morte do marido em 1938, Georgina fundou em 1940,  o Museu Lucílio de Albuquerque em sua casa no bairro de Laranjeiras. Paralelamente, realizou um curso pioneiro de desenho e pintura para crianças.

De 1952 a 1954, a artista ocupou o cargo de diretora da Escola Nacional de Belas Artes. Georgina era conhecida e muito apreciada pela beleza de suas obras. Além disso, ao ser convidada para atuar como diretora da Escola Nacional de Belas Artes,  tornou-se a primeira mulher a dirigir a instituição.

Georgina de Albuquerque faleceu em 29 de agosto de 1962, no Rio de Janeiro, aos 77 anos.

GALERIA

Dama. Georgina de Albuquerque. 1906 – Localização: Pinacoteca de SP
Manhã de Sol. Georgina de Albuquerque (c.1920)
Canto do Rio. Georgina de Albuquerque. 1926
Paisagem do Rio de Janeiro. Georgina de Albuquerque. década de 1930
Roceiras. Georgina de Albuquerque. 1930
Cafezal. Georgina de Albuquerque. 1951
A Charrete. Georgina de Albuquerque. 1960

ARTE COMENTADA

Sessão do Conselho de Estado – Considerada sua obra mais importante, a artista representou uma cena histórica ocorrida no dia 02 de setembro de 1822, que decidiu a Independência do Brasil. A artista considerou o formalismo rigoroso dos temas históricos que marcaram a produção acadêmica nacional, porém encontramos características impressionistas que era o seu estilo de pintar. Na tela gigantesca, diferente da maneira dos pintores históricos brasileiros, no lugar de abordar um evento histórico grandioso como cenas de batalhas, apresentou uma cena muito importante tendo na figura central em destaque, uma mulher, a Princesa Leopoldina. A cena apresenta a reunião de Conselho de Estado, presidida por José Bonifácio, onde encontram-se membros importantes que discutem a necessidade do Brasil tornar-se independente de Portugal.

Sessão do Conselho de Estado. Georgina de Albuquerque. 1922 – Óleo sobre tela (210 × 265 cm ) – Localização:  Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro (RJ)
“Acredito que a Arte está em tudo no que nos rodeia, basta um olhar sensível para apreciar e usufruir das diferentes manifestações artísticas. A Arte é a grande e bela ilustração da vida.”

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