Esta pintura surrealista do catalão Salvador Dalí, é considerada umas das cinquenta mais famosas do mundo.
Dalí realizou esta obra, um pouco antes do início da Guerra Civil Espanhola de 1936-1939, disse que era uma profecia de sua mente subconsciente do que estava para acontecer. Nela, ele retrata a ansiedade da época, prevendo visualmente a violência, o horror e a desgraça que muitos espanhóis sentiram durante o governo posterior do General Franco.
A composição consegue expressar sua indignação política, onde podemos observar duas figuras grosseiramente alongadas e exageradas, travadas em uma luta tensa e horrível, onde nenhuma parece ser a vencedora. Um vasto corpo humano irrompendo em monstruosas saliências de braços e pernas rasgando uns aos outros em um delírio de auto estrangulamento. O feijão cozido que originou o título, provavelmente se refere ao ensopado simples que foi comido pelos cidadãos pobres que viveram este momento difícil na Espanha.
Dalí explicou: Embelezei essa estrutura macia da grande massa de carne em guerra civil com feijões cozidos, pois era inimaginável engolir toda aquela carne inconsciente sem a presença, por pouco atraente que fosse, de algum farináceo e melancólico vegetal.
Posteriormente o artista continuou realizando pintaras sobre política e guerra em uma série de trabalhos envolvendo a Segunda Guerra Mundial. Esta imagem também traz à mente a obra-prima de Pablo Picasso sobre o tema, sua famosa Guernica de 1937.
- CONSTRUÇÃO MACIA COM FEIJÃO COZIDO
AUTOR : SALVADOR DALÍ
ANO: 1936
TÉCNICA: Óleo sobre Tela
DIMENSÕES: 101,3 x 100 cm
LOCALIZAÇÃO: Museu de Arte da Filadélfia, EUA
por Roseli Paulino – @arteeartistas
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