Magia do Peixe (Fish Magic) de Paul Klee é uma obra envolta em mistério e fantasia, que convida o espectador a mergulhar em um universo onírico onde peixes, estrelas e flores coexistem em uma dança mágica. Neste texto, vamos desvendar os elementos encantadores desta pintura e compreender como Klee combina cores, formas e simbolismos para criar uma cena que parece flutuar entre o real e o imaginário. Acompanhe-nos nesta jornada visual e descubra a magia oculta nas pinceladas de um dos mais inovadores artistas do modernismo.

Magia do Peixe é uma obra do artista suiço Paul Klee , pertence ao expressionismo e a uma série de pinturas que o artista explorou o universo aquático.

“A arte não reproduz o visível. Torna visível.” – Paul Klee

Ao escrever essa frase em 1920, Paul Klee buscava uma arte que não representasse fielmente a natureza (chamamos-lhe, em geral, não só a natureza, mas para o mundo exterior do artista), aquela que não imita. A arte parou de reproduzir para expressar.

Nós não precisamos de arte para nos mostrar o mundo que podemos ver a olho nu. Precisamos dele para enriquecer o nosso olhar para depois poder observar outras coisas que nos mostre outros universos, outras belezas e outras verdades.

Ao criar uma obra de arte, o artista pode deliciar-se ou não, mas o mais importante é que a sua visão de mundo, enriquece a nossa experiência: ele mostra que não há outra maneira de olhar, nos mostra sua visão particular das coisas. Ele nos mostra a beleza do que tínhamos em mente ou aquilo em que nunca havíamos encontrado. A beleza invisível das coisas.

Paul Klee, assim como Wassily Kandinsky, é um dos pais da abstração , ficamos impressionados com a forma como as suas obras vão para o mais elementar, o que  parecem ser à primeira vista infantis ou ate mesmo primitivas. Seu desenho remete ao mais simples, até mesmo ao intuitivo. Mesmo sendo destro, às vezes ele pintava com a mão esquerda, para liberar mais a criatividade. Com isso  acabava penetrando na “essência”.

Em Magia do Peixe, Paul Klee cria um reino mágico onde o aquático, o celestial e o terrestre se misturam. Uma delicada superfície preta cobre um universo de cores, que o artista revelou por arranhar e rabiscar desenhos na tinta preta. No centro da pintura, um quadrado de musselina é colado na tela. Uma longa linha diagonal que chega ao topo da torre do relógio está pronta para sair desta cortina sutil.

Podemos observar tudo isso nessa delicada pintura, onde o artista nos mostra outras perspectivas, outras visões. Isso nos dá a capacidade de nos surpreender. A verdade não está no exterior, na aparência, mas na profundidade.