Vênus ao Espelho, de Diego Velázquez

Considerada uma das pinturas mais famosas e importantes da História da Arte, A Vênus de  Diego Velázquez também é a principal obra do artista barroco.

A Inquisição Espanhola teve uma grande influência não só na vida do artista, mas também nos costumes das pessoas. Naquela época, imagens de corpos nus eram estritamente proibidas.

Na mitologia antiga, a deusa Vênus personificava o símbolo do amor, bem como a beleza sublime e bela de uma mulher. Nesta tela, ela é retratada reclinada com os joelhos meio dobrados em finas colchas esvoaçantes.  O artista se concentrou em olhar para a beleza do corpo feminino, evitando deliberadamente o luxo das cortinas e eliminando decorações como flores e joias.

O segundo personagem da imagem é Cupido, filho da deusa. Em vez de um arco e flecha, com o qual, como sempre é retratado, a criança mantém um espelho voltado para a mãe. No reflexo, encontrar seus olhos com os olhos dela.

O  Rei Filipe IV era o principal patrono de muitos artistas, ele possuía vários nus mitológicos de Ticiano e Rubens, então Velázquez teria se sentido bastante seguro quando recebeu a encomenda para pintar o mesmo tema. No entanto, ele pode ter decidido retratar Vênus de costas para evitar a necessidade de expor seus seios – uma situação completamente desconhecida dos artistas barrocos espanhóis.

Como o quadro provavelmente foi pintado em Roma, uma cidade mais liberal que Madri, acredita-se que tenha sido pintado com modelo ao vivo, embora a identidade dela permaneça incerta. Alguns estudiosos afirmam que ela era amante de Velázquez. Eles acreditam que é a mesma pessoa que aparece em muitas pinturas do artista.

Velázquez, constrangido pelo dogma da igreja, não pôde expor sua pintura ao público. Portanto, por muito tempo foi visto apenas em círculos fechados. Somente no século XIX, a tela foi transportada para a Inglaterra, fazendo parte do acervo da National Gallery de Londres.

 

Vênus ao espelho. Diego Velazquez. 1647-1651 – Óleo sobre tela (122 x 177 cm)- Localização: National Gallery, Londres.

 

 

por Roseli Paulino – @arteeartistas

 

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