Esta é a obra prima do pintor alemão Caspar David Friedrich, é considerada uma das mais importantes do Romantismo. Friedrich é conhecido por ter feito declarações políticas em sua pintura, muitas vezes codificadas de maneiras sutis.
A famosa pintura às vezes também é conhecida simplesmente como Mar de Névoa, retrata um homem solitário, vestido formalmente e segurando um cajado, de pé sobre um afloramento de rochas olhando para uma extensão difícil de ser explorada. O homem solitário está parado, o cabelo está despenteado por ocasião de um vento invisível, contra um campo tumultuado que se agita a seus pés. No fundo há um céu cheio de nuvens brancas e o contorno dos cumes das montanhas pouco visíveis através da neblina. À medida que o homem contempla a vastidão diante dele, a sublimidade da natureza é demonstrada não em uma visão calma e serena, mas no puro poder do que as forças naturais podem realizar.
Ao retratar deliberadamente a figura nesta roupa, ele fez uma posição visual, embora discreta, contra o atual governo, pois o traje representado pelo homem, foi usado por estudantes e outros durante as Guerras de Libertação da Alemanha. Nesse período em que a pintura foi realizada, esse traje foi proibido pelo novo governo alemão.
A natureza política deste trabalho não parou por aí. Suas obras, especialmente esta pintura, foram adotadas e abusadas pelo regime nazista como símbolos do intenso nacionalismo alemão. Como Friedrich substituiu a ilustração mais literal por mensagens meramente sugestivas, suas pinturas foram facilmente reinterpretadas para se adequarem a novas intenções políticas. Somente na segunda metade do século XX, seu trabalho foi visto e apreciado sem a mácula do nazismo.
por Roseli Paulino – @arteeartistas
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