Arte Conceitual
A arte conceitual é um movimento artístico que surgiu na década de 1960 e que coloca o conceito ou a ideia da obra de arte acima da sua forma física ou estética. Em vez de valorizar a habilidade técnica ou a beleza visual, os artistas conceituais se concentram em transmitir uma mensagem, explorar um conceito ou desafiar as convenções artísticas tradicionais. Muitas vezes, as obras de arte conceitual são compostas por textos, imagens, vídeos ou performances, e podem assumir formas não convencionais. Este movimento provocou uma mudança radical na definição de arte, questionando o próprio que significa e o papel do artista na sociedade. A arte conceitual desafia o espectador a pensar de forma mais profunda sobre as questões apresentadas, muitas vezes levando a uma experiência artística intelectualmente estimulante e emocionalmente envolvente.
Arte Conceitual surgiu na década de 1960, como um desafio às classificações impostas à arte por museus e galerias. As galerias afirmavam categoricamente ao público: Isso é arte.
Já a arte Conceitual buscava questionar a própria natureza da arte perguntando: O que é arte?
A característica comum de toda a obra chamada e vista como conceitual não é ver o objeto, sua plástica, mas sim seu recado, a discussão de um assunto, a comunicação, passar a ideia, a interação entre o artista e o espectador. Levantar discussões e reflexões.
Marcel Duchamp é o precursor da Arte Conceitual
O propósito da arte conceitual, está na ideia ou conceito, sendo isso o aspecto mais importante da obra em questão. Se um artista utiliza uma forma conceitual para a sua arte, todo o processo que envolve a ideia é o mais importante, a obra em questão poderá causar estranhamento e isso passa a ser secundário.
Esta manifestação artística teve início em meados dos anos de 1960, mas devemos considerar a obra de Marcel Duchamp, produzidas entre 1910 e 1920 como sendo a precursora do movimento conceitualista, ao propor vários exemplos de trabalhos que se tornariam o protótipo das obras conceituais, como os ready mades, ao desafiar qualquer tipo de categorização, colocando-se mesmo a questão de não serem objetos artísticos.
Duchamp com sua Roda de Bicicleta de 1913, deu início ao “ready made”, a forma mais radical do seu fazer artístico batizado por ele como “objet trouvé”, a arte encontrada.
O urinol que Marcel Duchamp mandou para o Salão dos Independentes, em Nova York (1917), completou mais de 100 anos e foi eleita a obra mais importante de tudo o que se produziu em artes plásticas no século XX. Na verdade, o urinol de parede, que Duchamp intitulou de “Fonte” e assinou como sendo de R. Mutt, produzido pela J. L. Motta Iron Works Company, nem chegou a ser exibido naquele salão, porque foi censurado e a peça original, relegada, desapareceu.
A obra é considerada fundadora da contemporaneidade, portanto, não existiu, foi uma simples ideia e que permaneceu “in absentia” até os anos 1940, quando Duchamp começou a fazer réplicas dela para vários museus. Em 1990, a Tate Galery pagou um milhão de libras por uma dessas cópias.
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