Leitura da obra Os Quebradores de Pedra, de Gustave Coubert

Os Quebradores de Pedra é uma importante pintura do artista francês Gustave Coubert, que tinha como principal objetivo em suas obras, retratar a situação dos pobres, dos trabalhadores e as injustiças sociais. Pertence ao realismo, movimento em que teve Coubert como líder. Foi exibida pela primeira vez no Salão de Paris, na edição de 1850.

O romantismo era o estilo dominante da época, enfatizando a beleza, a fantasia e o melodrama sobre a realidade. Courbet, juntamente com os colegas pintores Jean-François Millet e Honoré Daumier, desconsideraram o que consideravam aberrações criativas e, em vez disso, tentaram produzir obras de arte que realmente refletissem a realidade como a vivenciavam.

Coubert criou essa obra para retratar o intenso trabalho que a parcela mais pobre da população suportava diariamente. As duas figuras  retratadas, trabalham para quebrar e remover a pedra de uma estrada que está sendo construída. Para o artista, era simplesmente a lembrança de algo que ele havia visto: dois homens quebrando pedras à beira da estrada. Assim descreveu o artista sobre sua obra: “Não é sempre que se encontra uma expressão tão completa de pobreza e então, ali mesmo, tive a ideia de uma pintura”.

Courbet quer mostrar o que é “real” e, por isso, retratou um homem que parece muito velho e um menino que ainda parece muito jovem para um trabalho tão árduo. Isso não pretende ser heroico: pretende ser um relato preciso do abuso e da privação que era uma característica comum da vida rural francesa em meados do século. E como acontece com tantas grandes obras de arte, há uma estreita afiliação entre a narrativa e as escolhas formais feitas pelo pintor, ou seja, elementos como pinceladas, composição, linha e cor.

Como as próprias pedras, sua pincelada é áspera – mais do que se poderia esperar em meados do século XIX. Isso sugere que a maneira como o artista pintou sua tela foi em parte uma rejeição consciente do estilo neoclássico altamente polido e refinado que ainda dominava a arte francesa em 1848.

Paradoxalmente, obras como a pintura Os quebradores de pedra são significativas tanto por sua previsão quanto por sua descrição realista de seu período, enfatizando a importância das disparidades de classe que sugerem que as lutas futuras estarão vinculadas às novas circunstâncias que surgem nas cidades.

Durante a Segunda Guerra Mundial, em fevereiro de 1945, a obra considerada uma das mais importantes de Coubert e do realismo,  infelizmente foi destruída quando forças aliadas bombardearam um veículo que transportava a pintura em Dresden.

Os Quebradores de Pedra. Gustave Coubert. 1849 – óleo sobre tela (159 x 259 cm)
“Acredito que a Arte está em tudo no que nos rodeia, basta um olhar sensível para apreciar e usufruir das diferentes manifestações artísticas. A Arte é a grande e bela ilustração da vida.”

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