A Vênus de Milo, é uma estátua antiga, comumente considerada como representando Afrodite, a deusa grega do amor e da beleza – que foi esculpida durante o Período Helenístico. A estátua é um exemplo notável dos traços acadêmicos da tradição escultórica deste período da Grécia antiga.

Um pouco maior que o tamanho natural, acredita-se que seja obra do escultor Alexandre de Antioquia , pela inscrição em seu pedestal que atestava isso, infelizmente se perdeu. Esta elegante figura de uma deusa fascina os amantes da arte há quase dois séculos, desde a sua descoberta no século XIX na pequena ilha grega de Melos, no mar Egeu.

Em 8 de abril de 1820, ela foi encontrada em pedaços na Ilha de Melos. Embora tenha sido reconstruída para uma postura em pé, os braços nunca foram encontrados. A obra foi encontrada em um campo por um jovem fazendeiro, enterrada em um nicho de parede dentro das ruínas da antiga cidade de Milos.

A escultura em pedra consistia em duas peças principais, sendo a parte superior do tronco e  as pernas, cobertas com tecido. Vários outros fragmentos esculturais foram descobertos nas proximidades, incluindo um braço esquerdo decepado (e mão) segurando uma maçã e um pedestal inscrito “…sandros de Anchiochia no Meandro”, com uma referência clara a um escultor chamado Alexandre de Antioquia.

Quando a notícia da descoberta se espalhou, um segundo oficial francês, Jules Dumont d’Urville, notificou o embaixador francês na Grécia, o Marquês de Rivière, Ele, por sua vez, providenciou o envio da estátua para a França, onde foi presenteada ao Rei Luís XVIII, que devidamente a doou ao Museu do Louvre.

Para valorizar a sua nova aquisição, optou-se por ignorar a inscrição encontrada na base da escultura, com a identificando de Alexandre de Antióquia como o escultor, para atribuir a estátua a Praxíteles (375 -335 a.C.), um dos maiores escultores do período clássico.

A escultura foi realizada utilizando mármore de Paros e tem cerca de 211 cm de altura, sem o pedestal. Acredita-se que represente Afrodite, a antiga deusa grega do amor e da beleza.

Infelizmente, os braços da estátua e sua base original foram perdidos quase desde sua chegada a Paris em 1820. Isso se deve em parte a erros de identificação, porque quando ela foi remontada, acredita-se que os fragmentos da mão esquerda que a acompanhava e o braço não pertencia a ela devido a sua aparência totalmente mais rústica.

O braço esquerdo, por sua vez, segurava uma maçã na altura dos olhos. Os estudiosos permanecem divididos sobre se a deusa estava olhando para a maçã que ela segurava ou olhava para longe.

Especialistas em reconstrução de esculturas estimam que o braço direito da Vênus de Milo, esculpido separadamente, estava atravessado em seu torso, com a mão direita apoiada no joelho esquerdo levantado, apoiando assim o pano em torno de seus quadris e pernas.

Segundo a maioria dos especialistas, a Vênus de Milo representa a mitológica deusa grega Afrodite e a história do Julgamento de Paris. Nesta história, um jovem príncipe troiano chamado Paris recebeu uma maçã de ouro da deusa da Discórdia e disse para dá-la à mais bela das três candidatas: Afrodite, Atena e Hera. Afrodite venceu o concurso de beleza ao subornar Paris com o amor da mais bela mortal, Helena de Esparta, e foi premiada com a maçã.

Durante o Século XIX, a escultura da Vênus de Milo foi elogiada por diversos críticos de arte como um dos grandes tesouros da arte grega: aquela que representa o epítome da beleza e estética feminina, devido à sua notável fusão de grandeza e graça. Embora os tempos e os gostos mudem, a deusa mantém muito de seu mistério. Embora se acredite que ela represente Afrodite, devido às suas curvas sensuais e femininas, ela poderia ser alternativamente a deusa do mar Anfitrite, que era adorada na Ilha de Milo. Na verdade, de acordo com o Louvre, dada a sua semelhança com a Afrodite de Cápua, pode até ser uma réplica romana de uma escultura grega original do final do século IV.

Esculturas helenísticas podem ser vistas em alguns dos melhores museus de arte e esculturas de todo o mundo, especialmente no Louvre em Paris, onde está localizada a importante e majestosa Vênus de Milo.